terça-feira, 14 de março de 2017

III FRONTEIRA Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental em Goiânia




Entre os dias 16 e 25 de março, Goiânia se transforma na capital mundial dos filmes documentários, experimentais e sonoros produzidos nas mais diversas partes do planeta. Neste período, acontecem conjuntamente a terceira edição do Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental (FFF) e a primeira edição da Bienal Internacional do Cinema Sonoro (BIS). Um tratado de cooperação sobre uma produção cinematográfica contemporânea, que não está nos catálogos das grandes salas de exibição, mas que representa a diversidade e a riqueza do mundo audiovisual enquanto produto de manifestações culturais e ideológicas.

Olha só que bacana, nestes dez dias, as atividades e mostras acontecem nas duas salas do Cine Ritz (Rua 8, Centro), no Cine Cultura (Centro Cultural Marieta Telles Machado) e no Centro Cultural da UFG (Praça Universitária), fácil de chegar e várias opções de salas de exibição.O Fronteira é realizado pela produtora Barroca e conta com recursos do Fundo Estadual de Cultura de Goiás, da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Goiás (Lei Goyazes) e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Já o BIS é uma realização da F64 Filmes, com apoio do Fundo Estadual de Cultura de Goiás e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. 

A abertura dos dois eventos é conjunta e acontece no CINE RITZ, NA QUINTA - FEIRA, 16 DE MARÇO, ÀS 20h, com ENTRADA FRANCA. Neste dia, o público de Goiânia terá, mais uma vez, a chance de cruzar seu cotidiano com a obra de uma mulher nova-iorquina convulsa, que retira os pingos dos “is” e os transforma em holofotes, propondo uma leitura de mundo que não passa pela linearidade ou pelas convenções poéticas do cinema catártico.


A terceira edição do Fronteira Festival do Filme Documentário e Experimental traz a Goiânia uma mostra dedicada aos filmes da cineasta portuguesa Rita Azevedo Gomes. Uma retrospectiva que contará com exibições de seus principais trabalhos e com a presença da própria artista, que participará de debates após as sessões.

“Seu trabalho é uma espécie de desdobramento do teatro, da pintura e da literatura até se transformar em imagem de cinema, sempre em busca das pulsões mais íntimas e frágeis de seus personagens e de si, criando experiências raras de cinema e de vida. Um cinema impregnado de poesia, ao mesmo tempo, um atestado da resistência do cinema como arte possível ainda nos dias de hoje." Segundo Rafael Parrode, curador da Retrospectiva Rita Azevedo Gomes.

O evento faz também um outro recorte, intensificando ainda mais sua resistência estética e política. Uma atitude provocada por um cenário brasileiro em que a democracia é questionada, colocando em pauta as lutas da classe trabalhadora, das minorias étnicas, raciais e de gênero. Segundo seus organizadores, “Se há um motivo para nos reunirmos em torno de filmes e do problema do cinema e da expressão da imagem e do som, é a urgência de partilharmos formas de resistência e luta".

O Fronteira tem como propósito a difusão e a reflexão do cinema documental, experimental e de todo aquele que desafia os limites da linguagem. De acordo com Marcela Borela, que faz parte da direção do festival, a escolha por esses gêneros passa por uma decisão política, para além da questão estética. “A escolha do documentário valoriza o risco do real. E o experimental coloca a questão da percepção adiante de qualquer tipo de representação. São cinemas necessariamente questionadores de visões pré-fabricadas de mundo. Colocam novas maneiras de ver, pensar e sentir a realidade. Eles também tendem a expor conflitos, idiossincrasias e contradições da experiência humana”, explica.

Foram selecionados para as mostras competitivas de curtas e longas metragens 06 longas e 16 curtas, vindos dos mais diversos países como: Brasil, Colômbia, Equador, Argentina, México, Síria, EUA, Jamaica, Portugal, Espanha, França, Reino Unido e Filipinas. O resultado está disponível no site:ww.fronteirafestival.com.


Entre os dias 20 e 22 de março de 2017 acontece o VER CINEMA – Encontro Internacional de Programadores de Cinema.

O evento é gratuito, aberto a toda a população e ocorre no formato de 3 (três) mesas temáticas, que reúnem convidados brasileiros e estrangeiros, que participam do encontro como colaboradores propositivos. Para aqueles que desejarem um certificado, é necessário fazer a inscrição por meio do link: http://migre.me/wa7IN
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Uma visão original do cinema contemporâneo focada no desenvolvimento da linguagem sonora. É a partir desta ideia que surge a Bienal Internacional do Cinema Sonoro (BIS), que faz sua estreia em 2017. "A dominação do cinema mainstream nas salas goianas e brasileiras e a vocação dos festivais, críticos, produtores e mesmo diretores em valorizar a imagem em detrimento do som nos impulsionou a conceber o BIS”, explica Belém de Oliveira, diretor artístico da Bienal. O enfoque no aspecto sonoro é dado a fim de valorizar e incentivar a análise crítica e a inovação da escritura do som nas produções cinematográficas de curta e longa duração realizadas em Goiás, no Brasil e no mundo.
Com mostras competitivas e não competitivas, oficinas, palestras, laboratórios, debates, encontros e master class, o festival é todo centrado no som. Estudantes e profissionais do cinema, bem como técnicos de som, cinéfilos e demais interessados são o público alvo da Bienal. As inscrições estão abertas e devem ser feitas através do site www.bis.art.br.



SERVIÇO:




III Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental

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Ver Cinema -  – Encontro Internacional de Programadores de Cinema

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I BIS – Bienal Internacional do Cinema Sonoro


16 a 25 de março – Cine Ritz, Cine Cultura e Centro Cultural UFG