“A Diáspora africana, um crime contra a raça humana."
“E hoje o negro canta,
E que esse canto não seja em vão,
E a ‘sociedade’ vem clamando o seu perdão!”
Rosas De Ouro - Samba Enredo 2006
Anjo Negro foi escrito por
Nelson Rodrigues, em 1946 e fala sobre o
preconceito do qual o negro é alvo na sociedade brasileira e,
concomitantemente, sobre a existência do preconceito do negro em relação ao
outro da mesma cor, trazendo à consciência o “recalcado”.
O preconceito continua até hoje e Nelson aponta para a problemática racial em que, certamente, se articulam os subsídios para uma teoria social do Brasil, onde se destaca a violência como fator de base dos fundamentos estruturais do modelo étnico-social brasileiro. Assim, Anjo Negro remete-nos ao drama grego: a tragédia, pois somente o trágico daria conta de desvendar essa realidade brasileira relegada às trevas – o racismo. Algo da ordem do trágico, tal qual é explicitado no drama grego, por isso pode estar muito próximo de nós, se considerarmos que, enquanto humanos, vivenciamos as emoções que o perpassam.
Anjo Negro é um espetáculo que partiu desta fonte rica e inesgotável rumo a uma proposta ousada de encenação, a fim de transformar o espetáculo em um musical intimista extremamente contemporâneo, prestando uma homenagem ao escritor carioca Nelson Rodrigues, com inserções no texto de sambas originais que desenham este assunto com delicadeza e maestria.
A encenação do espetáculo da Cia. de Teatro Sala 3 partiu de uma linguagem sonora e visual, que propõe uma visão plástica e simbólica para apresentar, sinteticamente, o teor forte, vertiginoso e desagradável da obra de Nelson Rodrigues na qual estão presentes temas tão complexos e tão inquietantes como a violência e o racismo da sociedade brasileira.
O musical projeta, sobre a plateia, a vida e a morte, o preconceito e a violência, a morte e as paixões, temas apresentados de forma poética e que dão o tom à montagem da Cia. de Teatro Sala 3 para a peça.
Anjo Negro lança um breve olhar sobre uma gama de signos que são desvelados e se desdobram ao longo da trama numa encenação que brinca com o olhar, com a luz, com o não ver, com o branco o preto, com o cenário e a iluminação, num jogo completamente simbólico onde aparecem referências míticas que imprimem os aspectos religiosos presentes na obra de forma sofisticada e visualmente marcante, na busca de uma concepção que expõe a violência, nas suas mais diversas formas, das mais variadas naturezas, em constantes situações.
As personagens são violentas entre si, sofrem a violência, vivem-na. Há vinganças recíprocas e intermináveis. Há ódio dissimulado no amor. Amor dissimulado no ódio. Ou somente um desejo que gera violência.
A história de Anjo Negro apresenta-se, assim, como uma rede truncada de muita violência que reflete a falta de equilíbrio e o desrespeito à problemática racial, que duramente foi oprimida em todo mundo ao longo dos séculos.
Ficha Técnica
“Anjo Negro”
O preconceito continua até hoje e Nelson aponta para a problemática racial em que, certamente, se articulam os subsídios para uma teoria social do Brasil, onde se destaca a violência como fator de base dos fundamentos estruturais do modelo étnico-social brasileiro. Assim, Anjo Negro remete-nos ao drama grego: a tragédia, pois somente o trágico daria conta de desvendar essa realidade brasileira relegada às trevas – o racismo. Algo da ordem do trágico, tal qual é explicitado no drama grego, por isso pode estar muito próximo de nós, se considerarmos que, enquanto humanos, vivenciamos as emoções que o perpassam.
Anjo Negro é um espetáculo que partiu desta fonte rica e inesgotável rumo a uma proposta ousada de encenação, a fim de transformar o espetáculo em um musical intimista extremamente contemporâneo, prestando uma homenagem ao escritor carioca Nelson Rodrigues, com inserções no texto de sambas originais que desenham este assunto com delicadeza e maestria.
A encenação do espetáculo da Cia. de Teatro Sala 3 partiu de uma linguagem sonora e visual, que propõe uma visão plástica e simbólica para apresentar, sinteticamente, o teor forte, vertiginoso e desagradável da obra de Nelson Rodrigues na qual estão presentes temas tão complexos e tão inquietantes como a violência e o racismo da sociedade brasileira.
O musical projeta, sobre a plateia, a vida e a morte, o preconceito e a violência, a morte e as paixões, temas apresentados de forma poética e que dão o tom à montagem da Cia. de Teatro Sala 3 para a peça.
Anjo Negro lança um breve olhar sobre uma gama de signos que são desvelados e se desdobram ao longo da trama numa encenação que brinca com o olhar, com a luz, com o não ver, com o branco o preto, com o cenário e a iluminação, num jogo completamente simbólico onde aparecem referências míticas que imprimem os aspectos religiosos presentes na obra de forma sofisticada e visualmente marcante, na busca de uma concepção que expõe a violência, nas suas mais diversas formas, das mais variadas naturezas, em constantes situações.
As personagens são violentas entre si, sofrem a violência, vivem-na. Há vinganças recíprocas e intermináveis. Há ódio dissimulado no amor. Amor dissimulado no ódio. Ou somente um desejo que gera violência.
A história de Anjo Negro apresenta-se, assim, como uma rede truncada de muita violência que reflete a falta de equilíbrio e o desrespeito à problemática racial, que duramente foi oprimida em todo mundo ao longo dos séculos.
Ficha Técnica
“Anjo Negro”
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Altair de Sousa
Preparação de elenco: Alexandre Nunes
Preparação em canto: Lyudimila Felipe
Iluminação: Rodrigo Assis
Cenografia: Adriano Augusto
Trilha sonora original: Rebeca Vazquez
Maquiagem: Caroline Albuquerque
Figurino: Hazuk Perez, Caroline Albuquerque e Dieferson Gomes
Fotografia: Layza Vasconcelos
Elenco:
Marcelo Marques
Renata Ghizzi
Andreane Lima
Renata Weber
Lohanny Carvalho
Ju Albuquerque
Flavia Caroline
Cris Paim
Clécia Sant’Ana
Serjão Bastos
Eduardo Teixeira
Músicos:
Niela Moura/ Rebeca Vazquez/ Igor Zargov
Sonorização: Marcelo Hanna
Cenotécnico: Mateus Dutra
Programação Visual: Paulinho Pessoa
Direção de Produção: Claudinha Fernandes
Fotografia: Layza Vasconselos
Produção e Assessoria de Imprensa: Claudinha Fernandes Produções
Assistente de produção: Juliana Leonardo
Produção executiva: Marcelo Carneiro
Realização: Cia. de Teatro Sala 3 e Marilô Porduções
Serviço
Espetáculo: Anjo Negro, com a Cia. De Teatro Sala 3
RIO DE JANEIRO
Dia: 08 e 09 de agosto/2012
Horário: 19h
Local: Teatro Glauce Rocha -
Classificação etária: 12 anos
GOIÂNIA/GO
Dia: 22/09/2012
Horário: 21h
Local: Teatro SESI -
Classificação etária: 12 anos
Espetáculo: Anjo Negro, com a Cia. De Teatro Sala 3
RIO DE JANEIRO
Dia: 08 e 09 de agosto/2012
Horário: 19h
Local: Teatro Glauce Rocha -
Classificação etária: 12 anos
GOIÂNIA/GO
Dia: 22/09/2012
Horário: 21h
Local: Teatro SESI -
Classificação etária: 12 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário